Tudo comecou com uma conversa amigavel, coloquei meus problemas, sugeri solucoes e esperei alguma providencia. Apos uma longa espera, nada havia mudado, senao o foco. Mas a situacao permanecia.
Achei, entao, que conversa nao estava surtindo efeito e comecei a me indagar o que poderia fazer para ser ouvida, afinal, tantas ja haviam sido. Apelei pra "reza braba". Disse por A + B, o que queria, como queria, QUANDO e porque queria... e continuei a espera, dessa vez de joelhos!
Passaram-se os meses e ainda me via só e, o pior, sofrendo!! Me senti entao ignorada por aquela imagem minuscula, que me tinha sido regalada em um casamento (o que me fez acreditar mais ainda no seu poder), e me olhava desdenhozamente do alto da prateleira junto com seu amigo, Jesus Cristo. Era como se rissem de mim...
Aquilo comecou a me "zangar" e decidi que a conversa tinha que ir mais alem, e parti para as ameacas. (vai que funciona!). Disse, com muita firmeza, que se nao acontecesse dessa vez, no prazo "x", eu iria coloca-lo amarrado de cabeca para baixo. Admiti ser uma atitude um tanto drastica e radical, mas deixei claro que essa nao era minha unica "carta na manga".
A espera ja estava me consumindo e eu nao aguentava mais a situacao. Entao, peguei o pequeno, olhei seria e disse que nao precisava ser dessa forma, mas que iria, sim, afoga-lo na garrafa de cachaca e deixa-lo embriagado e se afogando ate que ele resolvesse o meu caso. Era tudo muito injusto, porque soh comigo nao funcionava?
Volta e meia dava uma olhadinha para ver a situacao do "bendito" no fundo. Deus me livre mata-lo ali dentro. Ate conseguir outro...
O bichinho estava quase desbotando quando vi que aquela medida ainda nao o amolecera o coracao, e ainda estava esperancosa e angustiada.
Com lagrimas nos olhos, peguei a pequena escultura, jah desfigurada e cansada, e arranquei com toda forca e impiedade a crianca que carregava em seus bracos. Havia me tornado uma sequestradora, e nao de qualquer pessoa... do salvador do mundo! Apenas aquele homem, fraco e sem forcas, poderia resgata-lo, atraves de um simples ato: Atender as minhas preces.
Muitas noites se passaram sem que eu tivesse qualquer contato com o responsavel pela vitima. Nenhum sinal, nenhuma manifestacao. E carregar aquele fardo era insuportavel, eu mal conseguia dormir pensando nas consequencias com O Todo Poderoso.
Foi entao que decidi devolver Menino Jesus para os bracos de Santo Antonio, coloquei-o de volta na companhia de J.C. na prateleira superior, e continuei a observar, com duvida e decepcao, as imagens que me prometiam salvar.
* Por seguranca, acendi uma vela de 7 dias pra selar as pazes.
domingo, 24 de maio de 2009
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