domingo, 6 de dezembro de 2009

minha tristeza é pesada... como se cupins comessem meu coração, esôfago cheio de vermes, respiração de um DPOC...

musculos contraidos na expressao de dor... infinitas lagrimas...

que essa ausencia não seja apenas local, mas eterna... nao queria estar aqui, nao queria ser eu

sou fracasso e vergonha... mandibulas tremulas, maos incompetentes... nao sou nada, nem sirvo...

ainda se minhas palavras fizessem sentido e formassem um belo texto... nada, nem isso...

sou lixo, vacuo e abstrato... sou só, por merecimento...

sou a velha doida, que chega em casa pra um cachorro, faz jantar pra um e morre de solidão..

sou ímpar, avulsa... compradora à prazo do meu próprio caixão.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

a gente nasce só... se ilude (sem e por querer) no meio do caminho e, no fim, a gente morre só.

Nossa vida é só. Solidã0. Solitude.

Depois dos abraços, só se dorme. Depois das danças, só se caminha. Depois de amar, só se esquece...

Só assim, sem ninguém mesmo. Começa e acaba.

E isso é só.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

sou teu pecado, qualquer coisa de errado... te tento, te deixo endividado.
Pobre coitado, todo enrolado.
Tiro um pouco da paz, enlouqueco e faco demais.
Sou ela, aquela, dedo na boca suja de nuttela...
sou doce, vc salgado... sou um, vc o outro lado...
esmalte do dente compartilhado... mangueira; teus pés molhados
eu sou, o abraço que quer te ver aliviado