quinta-feira, 30 de julho de 2009

dormi envolta em outros bracos...
foram outras maos, que nao as tuas, que me provocaram o juízo.
Me perdi em prazeres alheios aos teus...
de olhos fechados.

minha pele urticava
à estranheza da quimica (nem tanto) desconhecida ...
teu cheiro, meu antidoto...
Meus olhos nao abriam

Minha respiracao era misto de prazer e pesar...
minhas maos fincadas, queriam caminho.
Buscavam por ti.
olhos semi-cerrados..

de desespero, eram meus gritos acalentados...
vergonha... escondia meu corpo maculado
dor... agora voce é passado.
meus olhos cegados.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

É, meu portugues anda falho e meus versos sem graça...

talvez meu cerebro esteja gasto e condenado.
talvez tua vergonha alheia é mal motivada.
talvez te envergonhes, de fato, por um dia ter gostado.

Se sao belos, ridiculos ou um saco... foda-se. Pelo menos, desabafo.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

ando fitando a ponta dos meus sapatos, de boneca...
fujo de olhos curiosos que tentam decifrar minha expressao, de tristeza...
forjo sorrisos sem graca por trás de lagrimas controversas...

Perdi meu coracao... esmagado.
visceras melancolicamente laceradas
vazio em um "Nao Ser". Alma necrosada...

ilusao, toda minha
que via coisas onde nao tinha
bem feito, quem manda deixar se levar por fantasia?

venham lagrimas, gotinha por gotinha
esgota meus olhos,
minha inseparavel companhia.

sábado, 25 de julho de 2009

Nunca fui adepta a jogos de conquista... aliás, nem sou boa neles!
Sou desajeitada, ansiosa e (acredite) tímida...

Nessa de nao ter o famoso "jogo de cintura" feminino, acabo ficando pra trás e, muitas vezes, numa confusão de dar dó.

Bem, verdade seja dita foi que eu me apaixonei, sem querer, louca e perdidamente... não no sentido novelístico, com sacadas e juras de amor eterno. Mas daquelas que deixam borboletas no estômago, sorrisos idiotas e tremores nervosos...

Não sei como, nem quando... datas nunca foram meu forte. Só sei que me sinto uma adolescente em apuros, sonhando acordada e revivendo momentos que já sei de cor.

Posso amarrar tudo isso numa pedra e jogar no fundo do rio... ou esperar pra ver se voce se amarra em mim! =P

Any help??

sexta-feira, 24 de julho de 2009

2 by 3

As frases foram bem trabalhadas. Num estilo que até Maquiavel sentiria inveja... Para a atitude ser tomada foi preciso um trabalho em equipe. Com muito apoio moral e estrategias paralelas para que chegasse às vias de fato.

Tudo parecia fluir... confusão na primeira resposta, alivio na segunda e o desespero no terceiro contato.

Minha cabeca embaralhou no mais denso ciume... meus olhos vertiam lagrimas furiosas de uma menina mimada quando as coisas nao saiam do jeito que imaginava.

Me perguntava repetidamente; o que teria acontecido? porque estava desenrolando daquela forma?

Mas... me mergulhar em lagrimas e deixar acontecer, parecia a minha PIOR opção.

Resolvi vestir a camisa de "menina má" e entrar em ação com planos que acabariam com a "esperteza" da concorrência.

Ora, ora... estou nesta guerra há mais tempo do que deveria e ando perdendo mais do que mereço. Não vou entregar a vitoria assim, na carona...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

55 anos.

hoje meu pai faz 55 anos... destes, 25 posso falar com propriedade!

Foi um plano mal elaborado, uma contagem mal feita e duas cabecas muito aterafadas, o motivo da minha concepcao. Ele tinha 30 anos e 29 dias quando fomos apresentados (propriamente)... e acho que ele nao imaginou tudo o que aconteceria até hoje.

Minha infancia foi cheia de saudades e expectativas de chegadas. A ansiedade na porta do aeroporto, as corridas para ver quem abracava primeiro.
Papai sempre foi lazer.


Quando o dever chamava, tudo certo... sem problemas me levar até a escola de manha cedo, dificil era lembrar que precisava pentear o meu cabelo! Mas nada que um pente da varig, estrategicamente deixado no carro, nao resolvesse... ou quase.

Foram varias apresentacoes. De danca, de piano, de teatro, de sapateado, de violao... e muita, muita paciencia.

Os discursos eram elaborados e cheios de moral... Meus olhos, sempre atentos, demonstravam compreensao. Mas a fome na africa nao era o suficiente para me convencer a comer um arroz amarelo... "nao tem arroz branco, nao?".

Tudo era sonho... e nao só pra mim, para os meu amigos tambem. Imagina, só... filha do "Tio Acram", aquele que aparece na televisao e leva as criancas pra Disney. Gente fina!
Perdi as contas de quantas vezes me cantaram o jingle (e ainda cantam)... "o tio acram quer
fazer...".
E as brincadeiras? "você chama ele de tio?", "como ele é pai? ele só pode ser tio!"... Confesso que me divirto até hoje.

Ele é meu parceiro de dança ideal. Minhas lembrancas mais gostosas; nós dois, dancando sem motivo na sala de som. Foi uma vida de treino para a valsa perfeita nos meus quinze anos... inesquecível! Rodopios e sintonia... E isso já tem dez anos!!

A partir daí tudo parece ter acontecido muito rápido (bem que dizem que depois dos quinze o tempo voa).
Sucessões de fatos, deslizes, perdões, aprendizados, lições... até que... o susto!
Correria no meio da madrugada, incertezas e medo (muito medo). Num repente meu super-homem estava indefeso e frágil... como podia ser?
Por mais de um mes não ouvi o som da voz dele...Depois do sono prolongado e de muitas explicações, enfim podiamos conversar de novo...

Passou de tubos, fios, agulhas, máquinas e dor, para o picolé de limão mais gostoso da historia. E ele mal aguentava a própria mão.
Depois de tantos sonhos e conquista, tudo que ele queria naquele momento era água, suco e voltar para casa...

Cada um sabe como se sentiu no momento que ele atravessou o portão de desembarque... de cadeira de rodas e 20 quilos a menos... Eu? Voltei a crer!

Hoje ele luta contra a balança, trabalha de havaiana e tem a certeza de bons amigos. Eu... quero beija-lo todos os dias, abraça-lo todas as horas e reviver este dia mais 55 vezes!