sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

De geracao em geracao

Detetizacao 'e um porre, e nao tem quem nao concorde. Ainda mais pra mim, que pago pra nao sair de casa e dobro a oferta pra nao me tirarem... Mas, nas atuais circunstancia, detetizar era preciso!

Eu precisava ficar uma hora fora de casa. E a noticia veio de surpresa justo na hora em que estava recebendo amigos. Resolvemos que eu levaria as minhas parafernalhas para a casa da Beta e eu preparia uma das minhas especialidades - brownies, para passar o tempo...

Saimos em carreata rumo a ponta negra. Uma longa viagem, na minha opiniao que sou acostumada a morar perto de tudo. No caminho eu vinha ouvindo meu namorado reclamar da geracao em que ele estava, que nao era a geracao do Ipad - a revolucionaria inovacao de Steve Jobs.

Quando chegamos, o clima era funebre, nos despediamos de tudo que era do nosso tempo e aceitavamos, a duras penas, a nova geracao!

A conversa continuava passando por walkman, diskman, videocassete, videogames. Esse ultimo topico agucou a curiosidade do filho da minha amiga de 7 anos, que adora jogos!

Ele tem todos, de todos os tipos e sabe, melhor que eu, como funcionam...

Nao demorou muito pra ele voltar la de dentro com o DSI dele em maos. Aquilo que, para nos, nao passava de um gameboy metido a besta, esnobava as maravilhas dos graficos modernos para a surpresa dos dois matusalem da tecnologia. E mais, ainda tinha camera!

A cena era: o pequeno no meio com o artefato e os dois marmanjos maravilhados, um de cada lado. Entre um comentario inacabado e outro, expressoes de surpresa. Ate' eu, que estava distraida derretendo chocolate em banho maria, me rendi a curiosidade e fui me juntar a eles.

Era realmente impressionante!

O garoto se gabava de todos os jogos e videogames que ele tinha em maos e mostrava, com propriedade, as abilidades que havia desenvolvido durante tanto tempo de treino. Foi quando nos, os ultrapassados, comecamos a falar sobre o nitendo, SUPER-nitendo, gameboy. E nesse ponto, nos comecamos a esnoba-lo, pois ele nunca tinha jogado, e mais, nem tinha ouvido falar.

Falamos alto, um por cima do outro, atropelando palavras, lembrando nomes... Nostalgia!

Quando, num rompante de frustracao, o menino vira e diz: "Ei! E todas essas coisas que voces estao falando tem camera?"

Explodimos em gargalhadas. Eramos, de fato, outra geracao.

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