terça-feira, 24 de maio de 2011

Sobre-viver

Meus dias são arrastados, a duras penas... como os tijolos egipcios amarrados nas costas de escravos para construir pirâmides para faraós megalomaníacos.

Minha felicidade não é barata. Vem a custa de muita luta interior.

Duelo diariamente com o que suponho ser minha alma. Batalha perdida, nem mesmo espadas feitas pelas maos de Hattori Hanzo seriam capaz de arrancar a vida de uma dor tão grande.

Moça bonita e cheia de dotes. Ouço com certo descaso tais "elogios".

Não me digo azarada pois sei de toda minha sorte. Não me digo infeliz pois sei que posso encontrar felicidade, em algum lugar... talvez até dentro de mim.

Mas sou só. Sou só num mundo que gira numa imensa negritude. Nesse universo onde as coisas acontecem alheias a nós e, da mesma forma, meu coração bate sem sequer me pedir permissão.

Não me julgue. Não pense daí, recostado na sua cadeira, que sou ingrata pois a vida me deu tanto e me entristeço em tão pouco.

Não sou triste por opção ou glamour. Sou triste porque ela mora dentro de mim, dentro do meu vazio. Do oco do meu mundo.

Tristeza chega a ser dom. Não é pra todo mundo (ainda bem), mas só quem tem sabe o quão pesada é a sua companhia. Capas de chumbo, dos ombros até os pés. Te impede o passo firme e o levantar suave.

É o escuro, a falta de brilho... os olhos enrugados, o cão cabisbaixo, a cadeira de embalo.

Tristeza é assim... chega e fica até o fim.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vida cotidiana

Dia-a-dia

Via à tôa

Vida boa

Vida sofrida

Rios de lágrimas

Vida bandida

Doce, amarga

Essa vida

Vida dura

Eu tenho a minha

E cada um cuida da sua